sábado, 6 de junho de 2015

Literatura (é) a Cura.

Paulo Lins, Brancura e o samba
Por: Alessandro Buzo



Acabei de ler o belo livro "Desde que o Samba é Samba" (Planeta - 304 páginas) do Paulo Lins que não publicava desde "Cidade de Deus".
Valeu a pena esperar tanto tempo, um livro que me lembrou João Antonio, o mestre.
As peripécias de Brancura e a turma da década de 20, os boémios, cafetões, putas e toda sorte de malandros e otários.
Paulo Lins nos fala com propriedade, como se ele próprio tivesse vivido a década de 20, o surgimento do samba e das escolas de samba.
Narra Valdirene como uma gostosa, que a gente até imagina ela, furacão, terremoto, dividida entre o amor por Brancura (seu primeiro cafetão) e Sodre. No final uma surpresa enorme quando ela fica grávida e não sabe quem é o pai, porque no dia tinha transado com os dois.
Um livro que firma Paulo Lins como o cara pra narrar a favela carioca, a malandragem, não só o tráfico de Cidade de Deus, como a malandragem da antiga.
Indico "Desde que o samba é samba" pra todo mundo que gosta da boemia e das coisas boas da vida, como o samba.


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