segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

LIVRARIA SUBURBANO CONVICTO IRÁ ENCERRAR ATIVIDADES EM 30 DE MARÇO.

Por: Alessandro Buzo, proprietário


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Desculpa o textão, mas é um COMUNICADO OFICIAL.
A Vakinha on line criada pra "SALVAR" a Livraria do fechamento as vésperas de completar 12 anos, só arrecadou 39% dos 5 mil que precisávamos pra deixar as contas em dia até o CARNAVAL. Como não deu o total, reafirmo que não tenho mais como bancar o prejuízo de manter as portas abertas da única livraria especializada em literatura marginal do país.
Encerrando as atividades me livros de quatro despesas: ALUGUEL, Luz, Vivo/Internet e estacionamento. Manter isso com as "vendas" atuais, é impossível.
Enquanto pude, banquei a diferença.
Há 4 anos não moro mais em São Paulo, impossível eu abrir de segunda a sexta, mas quando abrimos não vai ninguém (ou quase ninguém), fora dos dias de eventos.
Só abrimos dias de eventos, como o Sarau Suburbano passou de semanal pra mensal, porque teve edições bastante esvaziadas em 2018, passou a ter quase que só um evento por mês, o Sarau Suburbano na 2a, segunda-feira de cada mês, o que vende em um sarau, entre livros e bomboniere, não paga o aluguel, esse ano já tivemos uma visita do Chile, comprou livros, mas essas pessoas de outras cidades, estados e até países são de vez em quando.
Já cansei de anunciar que corríamos risco de fechar, a galera até cola um pouco mais no sarau e compra uns livros, mas depois volta a mesma.
Não tenho mais como acumular dívidas, fecharemos dia 30 de MARÇO 2019, a 11 dias de completarmos 12 anos.
Até lá.....
Teremos o Sarau Suburbano de março, dia 11.
Abriremos alguns dias pra quem quiser comprar livros.
Convocaremos aos autores que tem livros consignados, pra retirarem suas obras.

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Chance de reverter ???
A Vakinha ainda está no ar, apesar de ter acabado o prazo.
https://www.vakinha.com.br/…/livraria-suburbano-convicto-20…


Se acontecer alguma mobilização pra compra de livros e pagarmos os atrasados, poderemos e queremos seguir em frente.
Só não tenho mais como agitar mobilização.
E não irei mais pedir ajuda, o Vakinha foi o limite.
Não vejo a livraria como um comércio, e sim como um espaço cultural, onde já passou a nata da literatura marginal, poetas que hoje estão bombando em Slam´s e artistas com carreiras internacionais no hip hop. Nossa história é gigante, centenas de saraus, debates, pocket shows, lançamentos.
Mas tudo nessa vida um dia acaba, estamos perto do fim.
Como proprietário me livro de um B.O.
Como escritor minha alma dói.
Sem mais
Alessandro Buzo

Um comentário:

  1. muito triste LER esta notícia,ainda mais num governo que está pouco se lixando para a cultura brasileira e também para a nossa literatura brasileira.sinto muito

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