Herói, eu sou herói.
Por: Otavio Junior
otaviocjunior@uol.com.br
Não sei voar como o super-homem, não subo parede como o homem-aranha,
Não tenho peito de aço como o homem de ferro.
Cresci lendo sobre esses super heróis, vivendo em uma favela no Rio de Janeiro, esses poderes seriam imprescindíveis.
Mas a vida é real e não fictícia.
Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2010.
Vocês vêem pela TV o que acontece na bela cidade do Rio de Janeiro, talvez a 1 metro ou 50 centímetros em uma TV LCD, em sala confortável, ou modesta, não importa, você tem televisão 3 D?
Eu não tenho uma sala confortável, vejo a guerra de perto, estou no meio do front, não preciso de televisão 3 D para sentir as emoções de tiro de fuzil, bomba, granada, carro blindado, isso aqui é real, é complexo!!! literalmente.
O que adianta eu falar, só quem vive na guerra, sabe o que é a guerra.
Também não adianta imaginar. É diferente, não adianta eu imaginar que um dia fui rico, sem nunca ter vivido a situação, soa falso, é artificial.
Também não adianta ter pena, compaixão, não vai adiantar nada, meus medos ( sim medos no plural), me impedem de raciocinar, de ser racional, medo é um sentimento estranho, parece prevê o futuro.
“Cresci aqui, isso aqui é meu lugar, mas do jeito que ta não dá pra ficar...”
Alessandro Buzo e Otavio Jr no Complexo do Alemão
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
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Pensei em falar um monte de coisas, mas o cara já disse tudo
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