sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Alessandro Buzo na capa da "AGENDA DA PERIFERIA" de Setembro/2011
Editorial
O Buzo não pode parar
Alessandro Buzo lançou no dia 30 de agosto seu oitavo livro: Do Conto à Poesia. A publicação traz duas novidades. Uma é a estreia do autor nos gêneros literários anunciados no título da obra. A outra é sua volta a uma editora comercial; o livro saiu pela Ponteio, editora do Rio de Janeiro, criada no ano passado por Alberto Sprejer . A Ponteio produz seus livros por demanda na versão impressa e disponibiliza o conteúdo no formato livro
eletrônico para ser lido em tablets, investindo nas redes sociais na Internet para divulgação e venda. Um empreendimento sintonizado com a nova dinâmica do Mercado e que enxergou bem ao contratar o Buzo para seu catálogo. Prepare-se Alberto para imprimir muitos exemplares do livro Do Conto à Poesia. Veja porquê: Buzo é um empreendedor cultural. A todo o momento ele está fazendo algo que resulta numa iniciativa cultural, umas com fins lucrativos, porque ele vive disso, e outras tantas na militância social. Não se trata apenas de um traço de personalidade inquieta. Ele até que é tranquilão. Não é ansioso, tampouco agitado. É um cara calmo, de papo agradável, pessoa de quem todos querem se aproximar, bater um papo. Ele é um estrategista; enxerga longe e constrói
pacientemente, embora sempre ligado, cada uma das etapas que o levará aos grandes projetos. Nessa de se assumir como poeta, ele anda declamando uma poesia na qual diz que sua pessoa é resultado de várias situações com dificuldade: moradia precária, rua sem asfalto e esgoto, escola pública de má qualidade, falta de grana, etc. Mas é possível fazer uma outra versão deste poema, colocando no liquidificador, como
ele diz no seu verso, tudo o que ele faz. Vamos aos ingredientes: 01 portal na Internet; 16 blogs; 01 fanzine; 01 jornal; 08 livros individuais; 05 volumes de uma coletânea literária; 01 filme longa metragem; 01 quadro em Programa de TV; 01 loja; 01 centro cultural; 01 grande show com mais de 20 edições e 01 Sarau. Bata tudo isso é saiu um movimento cultural na forma de um homem. Este é o Buzo. Sua investida neste mês de setembro é o lançamento do quinto volume da Coletânea Pelas Periferias do Brasil que terá noite de autógrafos no dia 20 na sua loja e espaço cultural Suburbano Convicto. Ele reuniu 20 autores sendo 18 estreantes. Somando os cinco volumes da Coletânea, são quase 100 escritores e escritoras participantes. Um feito e tanto. O livro dá oportunidade para muita gente publicar pela primeira vez, como é o caso de Marcel Coronato, jovem poeta do Ipiranga, Zona Sul de São Paulo e também gente famosa como GOG e Rappin Hood que se arriscaram no texto escrito em edições anteriores. Por essas e muitas outras, a Coletânea Pelas Periferias do Brasil, surge como um grande momento para a Literatura Periférica. No mês que vem ele lança seu primeiro livro infantil que virá à luz junto com seu show Favela Toma Conta, evento que realiza há anos, mas que anda com dificuldade de obter patrocínio. Mas isso não é motivo para ele desanimar e no dia 12 de outubro o Favela vai rolar. Por que o Buzo não tem tempo de se lamentar. Ele até reclama das dificuldades, mas nunca faz delas motivo para desistir. Todo o reconhecimento que ele tem vem do seu corre e de seu talento. Alguém já disse que o único lugar em que sucesso vem antes de trabalho é no dicionário. Ele sabe bem disso e continuar a trabalhar porque o Buzo não pode parar.
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