Uma vez (anos atrás) escrevi uma poesia e nela eu dizia: - TESE DE FACULDADE, EU TÔ CANSADO DE SER.......
NOSSA !!!! Choveu paulada de todo lado, e no meio as criticas ganhei duas grandes amigas, Erica Peçanha e Jéssica Balbino.
Elas vieram dando porrada: - Mas eu sou da quebrada e tô fazendo faculdade, etc e tal.
Legal, a poesia me rendeu duas amigas e alguns desafetos.
Ontem voltou o TEMA.............. TESE DE FACULDADE.
Nos ultimos dias foram MUITOS (AS) teses querendo me entrevistar.
Acabou que briguei com minha esposa por conta disso. Entendo o lado dela.
Sempre debati o outro lado...... quando o trabalho vira livro, filme.... e a pessoa volta pra te mostrar o resultado.
Mas não é 10% que volta.
Sem contar que minha agenda é muito cheia e fico me matando pra atender. Marco sexta a tarde na livraria e depois muda, eu não vou mais sexta pra minha livraria e preciso ficar desmarcando, quando não consigo tenho que me explicar porque a pessoa perdeu a viagem.
Sem contar que a pessoa cola na livraria, tese de Hip Hop..... mostro os livros, cds, dvds do assunto e a pessoa não compra nada.
TESE DE LITERATURA MARGINAL, mostro os livros do assunto, a pessoa não leu nenhum e mesmo assim não compra nada.
A Livraria Suburbano é a única do país especializada em Literatura Marginal, mas precisa vender pra manter as portas abertas, tô cansado de SÓ VAI, NADA VOLTA.
Tirando RARAS EXCESSÕES, no momento não vou mais atender teses de faculdade.
Ontem colou duas garotas e só me perguntou do CRIOLO, EMICIDA.
Outro me manda email..... só vi hoje: - Tô na Paulista, posso chegar ai oito, oito e meia.
Ontem foi dia de SARAU SUBURBANO, oito horas tô na missão, não tenho como atender ninguém.
É isso....
Primeiro que nunca fiz parte e nem curto muito o meio acadêmico, segundo que tem gente que abusa.
OK ??
Nada pessoal.
Alessandro Buzo
escritor, apresentador de TV e cineasta
www.buzo.com.br
quarta-feira, 30 de maio de 2012
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Salve, Buzo!
ResponderExcluirAcho importante sua crítica, mas meu argumento, de antes e de agora, é que mais do que levar em conta o perfil e a origem da pessoa que está fazendo o trabalho acadêmico, o importante é refletir sobre as perdas e ganhos de se contribuir com esse tipo de trabalho. Depois de 10 anos de carreira e tantos feitos seus na produção cultural, seria no mínimo estranho que não houvesse interesse em investigar o seu percurso e a sua ligação com outros nomes importantes da literatura, hip hop, etc. Também insisto que é importante diferenciar a envergadura dos trabalhos: uma coisa é fazer um TCC, para o qual o estudante universitário vai dedicar, no máximo, 5 meses de pesquisa; a outra coisa é fazer um mestrado ou um doutorado, que vai exigir de 3 a 5 anos de dedicação e gerar uma tese, de fato. Isso interfere na qualidade dos trabalhos e até mesmo no tipo de relação que pesquisadores e pesquisados vão desenvolver. E como já te falei antes, acho fundamental pensar em contrapartidas: exigir o trabalho finalizado, convidar os pesquisadores para apresentar seus trabalhos em eventos nas periferias, enfim... Penso que o respeito e a ética têm que permear essa relação e deve haver ganhos para os dois lados: para os pesquisadores, que podem aprofundar a reflexão a partir de entrevistas e participação em eventos; e para os pesquisados, que podem contar com um outro canal de divulgação dos seus trabalhos, inserir suas produções e trajetórias num contexto de reflexão crítica e beneficiar-se do conteúdo dessa reflexão para repensar a própria atuação.
TCC.... TESE, enfim....
ResponderExcluirTô fora no momento.
Quer saber do meu trabalho leia meus livros.
Beijo Erica, vc é diferente.
Mal tenho tempo de fazer minhas coisas, vou querer contrapartida ??? Mais trabalho ainda.
VC ia nos eventos quando estava fazendo seu trabalho, ganhou o respeito e a confiança da galera, assim como Jéssica Balbino, Numa Ciro.
É isso
Alessandro Buzo