sábado, 16 de maio de 2015

Crônica: Samba no Cartola em Boiçucanga

Por: Alessandro Buzo



Nesta sexta-feira (15/05/2015), estava eu na minha casa no Litoral Norte, liguei pro Toni Nogueira que acabara de chegar de São Paulo, peguei algumas cervejas e um salame e fui até a casa dele que fica no outra rua.
O Toni genialmente lembrou: - Vamos no samba ?
Fazia tempo que eu prometia pro amigo Vinícius, dono do Bar Cartola na Varanda, que chegaria numa sexta-feira no seu samba, tínhamos ido uma vez quando o bar era em outro local, bem menor.
- Opa, vamos sim. Respondi ao Toni.
Mas um porem, ambos já tinham bebido, quem iria dirigir ?
Ficamos bebendo mais um pouco, e tramando...
Vamos com meu carro, com o seu...
O Toni meio que parou de beber pra ser o piloto.
Até que surgiu a grande ideia: - Vamos de pé e voltamos de taxi.
Me assustei um pouco: - A pé ? Vocês tão loucos... maior rolê.
Papo vai, papo vem.... fui em casa guardar o carro e fomos.... de pé.
Nosso planejamento era chegar em 30 minutos, 35.
Andar da beira da rodovia (de Camburizinho a Boiçucanga) tem um pouco de aventura, ainda mais de noite, alguns trechos faltava calçada, trocamos de lado umas duas vezes, até que chegamos na descida que leva a Boiçucanga, pra descer todo santo ajuda... ainda caminhamos um pouco mais tranquilos pela beira mar, quebramos na rua do EXTRA, o BAR é no final dela a esquerda.
Chegamos no Cartola na Varanda em 45 min. a pé e fomos como sempre bem recebidos pelo Vinícius.. bar cheio, gente bacana.. começa o samba, de qualidade, só música boa.
Tomamos umas geladas e pedimos duas porções, uma de ISCA DE PEIXE e outra de CAMARÃO, ambas deliciosas e preço justo.
Toni fingia que não estava arrependido de não ter levado o pandeiro, certa hora na beira da roda de samba, falou meio que sozinho: - Devia ter trazido meu pandeiro.
Um cara do lado dele, com uma camisa da Rússia disse: - Que tocar um pandeiro, vou buscar pra tu.
O cara foi e voltou com o pandeiro na mão, Toni matou a vontade de tocar.... por conta da vizinhança o samba para cedo, por volta de 22h30, saímos um pouco antes 22h.
Chegando no ponto de taxi, só o ponto vazio, nenhum carro. Decidimos, 10 minutos no ponto de ônibus, se não passar a gente vai de pé outra vez, 40 minutinhos.
Rapidamente passou o ECO BUS (ônibus local) pra Boracéia, embarcamos... paguei a minha e a da Marilda, R$ 3,40 cada. O Toni pro motorista que também cobrava.
- Velhinho paga ?
- Sobe pela porta de trás.... um pulinho, descemos na entrada de Camburizinho, felizes com a cerveja, com o samba e com a opção de ter ido sem carro.

Alessandro Buzo é escritor
Twitter: @Alessandrobuzo

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