terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Briga nos estádios

O que eu penso da violência nos estádios é o que narro a seguir.
Frequentei os campos de São Paulo com frequencia de 1992 à 1996, época de ouro, Palmeiras, meu time, saiu da fila, foi BI Paulista e Brasileiro, etc...
Neste tempo, frequentei a Mancha Verde, fui até presidente da Leste Alvi Verde, uma torcida no Itaim Paulista.
Nunca procurei briga e até presenciei algumas, conforme o numero de casos aumentou e a violência passou a ser cada vez maior, brigas que terminavam em morte. Me afastei, mesmo gostando muito de futebol, do meu time e de frequentar estádio.
Passei 13 anos sem ir a jogos e nem pretendia ir mais, só que meu filho cresceu, com 8 para 9 anos ficou Palmeirense se acompanhar Jogo Aberto todo dia, foi natural que quisesse ir num jogo ao vivo, lembrei do meu pai que nunca me levou e não quis ser igual, levei ele pela primeira vez na estréia do Brasileirão 2009, Palmeiras 2 x 1 Coritiba, com gol do Keirrison que ele tanto gostava, depois vieram mais alguns jogos 1x1 com Botafogo-RJ, 4x0 no Goiais, 1x1 com a Lusa nesse Paulistão.
Todo classico a mesma ladainha: - Pai, me leva num classico ?
Eu dizendo que não, não, não. Mas ele fala muito.
Claro que tenho juízo e não levei, nem vou levar.
No carnaval aproveitei a confusão da Gaviões para alertar ele da forma errada que os torcedores de organizada agem, lembrei o caso Vagner Love.
Mas ele argumentando, pedindo. Falou muito para gente ir contra o São Paulo.
- Não.
Depois na segunda, mostrei os telejornais, jornais impressos e ele mesmo acompanhou tudo pela TV, parece que por um bom tempo não terei que falar pra ele que não vale a pena arriscar a vida por um time, que tem jogadores milionários, técnicos, dirigentes, enquanto a torcida que torce por amor, só perde.
E ainda vem um doente, que nem te conhece e te mata por causa de futebol.
Isso me entristece, pobre agredindo pobre, gente que nem se conhece, se matando literalmente.
Quanto ao meu filho, por hora não vai em jogo nenhum, talvez um dia tenha segurança para uma pessoa de bem, ir ao estádio só para ver o jogo e a festa da torcida.

Alessandro Buzo
pai

alessandrobuzo@terra.com.br

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